Forte do Rio Vermelho - Salvador - BA - Brasil

Militar / Fortes

Enviado em 19/10/2006

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Localização Geográfica

Coordenadas: -13.0127152346, -38.4916140914

Cidade: Salvador

Estado: Bahia


O Forte ou Reduto do Rio Vermelho situa-se no local onde foi levantada a Igreja nova de Santana nos idos da década de 60. Foi construído, de terra, inicialmente, em 1711, no governo de D. Lourenço de Almeida para proteger o porto do Rio Vermelho, onde havia um entrincheiramento primitivo. Acha-se a uma distância de cerca de 6 kms ao norte da fortaleza de Santo António daBarra. Tinha a forma de um polígono irregular sendo melhorado posteriormente, passou a ser de alvenaria, e sob a invocação de São Gonçalo. É do tempo do governador Manuel da Cunha Menezes um documento em que se aponta a fortificação com o nome de Reduto de São Gonçalo do Rio Vermelho. Seu armamento constava de 6 peças de ferro de calibre de 6 polegadas e uma de 4 polegadas. Em 1759 já se achava abandonado e em ruínas. Vilhena opina nos seguintes termos a respeito da utilidade da fortificação, que se levantava, inutilmente, na barra do Rio Vermelho, onde só poderiam entrar canoas e saveiros, quando bastaria fazer-se ali uma comprida trincheira, ou reduto de terra calcada, o que com pouco reparo e módica despesa produziria o mesmo efeito que a tal fortaleza. Nesta, a coroa haveria de gastar, no mínimo, quarenta mil cruzados. Ninguém acreditava que o inimigo fosse, por divertimento, expor-se aos tiros de sua artilharia, quando a curta distância podia desembarcar muito comodamente, sem tal risco.Durante décadas, foi usado como fortim sinalizador, para o Forte de Santo António da Barra, conhecido como Farol da Barra, instalado bem na entrada da Baía de Todos os Santos, no caso de um ataque pelo norte. Coube ao engenheiro Celso Oliva, a pedido do padre António da Rocha Vieira, construir a nova Igreja de Santana, sobre as minas do Forte, inaugurada em 1967. “Tive de mudar o projeto original que era de concreto”, disse, lembrando que se usasse essa técnica, a maresia, em pouco tempo, iría corroer os ferros da estrutura do prédio. Oliva seguiu o exemplo dos construtores do forte: colocou um muro de pedra sobre o do antigo baluarte. Um fato histórico relevante foi o naufrágio de Diogo Alvares Corrêa, o Caramuru, na Pedra da Concha, rochedo situado a cerca de 500 metros das ruínas do forte, onde Caramuru foi resgatado pêlos índios da tribo tupinambá. provavelmente em 1510. É possível ainda ver, no lado de trás da igreja, a emenda dos dois muros. Hoje, nada mais existe do forte, salvo os vestígios de suas ruínas. Clique na figura do FORTE para assistir a um pequeno clipe das instalações do forte. http://www.mardabahia.com.br/fortes_salv.php

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